Tuesday, 19 September 2023

For the 21st september: Notes for Reading William Apess's "Eulogy on King Philip" (1836)

 Desta vez as perguntas vão em inglês - pode responder em qualquer uma das línguas:

 - Contextualization: do some research on the Pequot leader Metacom, aka "King Philip", and on the war that wen down in the history of  Colonial America as King Philip's War - how is that war seen differently from Apess's eyes?

- Apess calls King Philip "son of the forest" (as he had previously called himself in his own autobigoraphy in 1829 - see image below). How are "forest" and (human) nature seen in the text?

- Choose an excerpt of up to five lines for an exhaustive textual analysis.


5 comments:

Liliane Silva said...

A "Floresta" ("wilderness","Forrest") e a natureza humana têm uma relação oposta no texto. A natureza humana (dos brancos Cristãos) é designada como malvada, cruel e ignorante. O texto enumera as diversas atrocidades que cometeram utilizando o seu poder contra os Índios. Atrocidades cometidas em tempos anteriores, mas também no tempo presente do autor, que relata experiências de discriminação pelos descendentes brancos dos colonizadores, revelando a perpetuidade das ideias afirmadas pelos seus ascendentes. Enquanto isso, as características dos nativos são elevadas, ao serem conectadas com a natureza e o puro. Estes dois elementos interagem diretamente através de comparações que relacionam a violência dos Cristãos com a resignação pacífica dos Índios e concebem uma inversão de papéis que demonstra claramente o carácter dos dois. A natureza humana é também abordada em relação à religião, o cristianismo. Apess questiona os motivos religiosos dos colonizadores, que assumem castigos e alterações que Deus poderia ter feito, se assim fosse a Sua vontade (a conversão para o cristianismo, a destruição e escravização das comunidades nativas, etc.). Apesar destes componentes, William Apess também humaniza os dois grupos, ao paragonar as estratégias de guerra de cada um.

EU & literatura said...

Metacom, conhecido como King Philip pelos ingleses, era o segundo filho de Massasoit, líder da tribo Wampanoag, que inicialmente recebeu os colonos de New England em Plymouth, em 1620. Após a morte de seu pai e irmão mais velho, Metacom assumiu a liderança da tribo, desempenhando um papel crucial na Guerra do Rei Philip (1675-1676).
A Guerra do Rei Philip, também chamada de Grande Guerra de Narragansett, foi um conflito armado entre os nativos americanos e os colonos de New England, juntamente com seus aliados indígenas, visando conter a expansão colonial. A causa inicial da guerra foi a execução de três guerreiros de Metacom, acusados de assassinar John Sassamon, um orador educado convertido ao Puritanismo, que Metacom havia denunciado como espião dos colonos. Tanto o assassinato, como a execução dos três guerreiros quebraram as tensões existentes há mais de 50 anos, resultando numa. A Guerra do Rei Philip ficou marcada pela sua extrema violência e resultados devastadores (para ambas as partes), nomeadamente aldeias incendiadas, campos destruídos e centenas de mortes. Os colonos europeus saíram vitoriosos, brutalmente assassinando Metacom, expondo sua cabeça como troféu e capturando sua família.
Em 'Eulogy on King Philip', William Apess, ministro, escritor e descendente nativo americano, presta um tributo/homenagem a Metacom, enaltecendo-o por sua coragem na defesa da terra e do povo indígena. Apess critica os colonos, que se autodenominavam missionários cristãos, argumentando que agiram de maneira brutal e desumana, contrariando os princípios que diziam acreditar e desrespeitando a integridade dos nativos americanos como seres também criados pelo mesmo Deus.
A perspectiva de Apess contrasta com a narrativa colonial predominante, que muitas vezes retratava os nativos americanos como agressores e rebeldes. Seu discurso é uma reinterpretação da história da Guerra do Rei Philip a partir de uma perspectiva nativo americana, buscando reverter a imagem negativa de Metacom perpetuada pela narrativa colonial. Este período histórico foi marcado não apenas pela violência devastadora, mas também pelas consequências duradouras nas relações entre colonos e nativos americanos, afetando profundamente as comunidades indígenas e suas terras.

Bárbara Soares

Marta Silva said...

2) In "Eulogy on King Philip," the term "forest" carries a symbolic significance. It represents the ancestral land and the natural environment that was deeply connected to the Native American tribes. The forest serves as a metaphor for the indigenous way of life.
By choosing to call King Philip the "son of the forest," Apess is emphasizing Philip's ties to the land and also his role as a defender of his people's way to live their lives.

Ana Luísa Pinto said...

2. No texto “Eulogy on King Philip”, são nos apresentadas duas definições e perspectivas diferentes do termo “natureza”, que são distinguidas uma da outra usando como exemplo os dois lados do conflito.
De um lado é nos apresentada a natureza associada ao comportamento do ser humano, usando como base os homens brancos e cristãos. Como tal, a natureza humana é caracterizada pela ganância, pela crueldade e pela ignorância, características que podem ser facilmente usadas para descrever estes colonizadores, que cometeram inúmeros crimes e discriminaram de variadas maneiras os Índios. Não só cometeram tamanhas atrocidades, como também usaram o nome de Deus para o justificar, usando a sua religião como pretexto para colonizar estes povos e destruírem tudo o que lhes pertencia.
Os Índios, por outro lado, são usados como exemplo para o sentido literal da palavra natureza, mais concretamente a “floresta”. Enquanto que os colonizadores os veem como meros seres selvagens e desprovidos de intelecto, aqui são caracterizados pela pureza, pelo pacifismo e pela sua intensa conexão com a natureza, valores que os tornam de caráter superior se compararmos com o outro lado que, em teoria, deveria ser o povo superior e intelectual. Em vez disso, são vistos como pessoas corruptas e sujas, com valores distorcidos e uma crueldade sem limites.

Penélope Lopes said...

Metacom, também conhecido como "Rei Filipe" ou "Metacomet", era um líder indígena da tribo "Wampanoag" e um personagem importante na história da colonização americana no século XVII. Durante a Guerra do Rei Filipe (1675-1676), que marcou a história da colonização americana, ele liderou a Confederação Wampanoag. Metacom assumiu o comando após a morte de seu pai, Massasoit. Ele começou a colaborar com os colonos ingleses em Plymouth. Mas devido a desconfianças, disputas territoriais e pressões demográficas, as relações entre colonos e povos indígenas se deterioraram ao longo do tempo.
A Guerra do Rei Filipe foi uma grande luta entre várias tribos indígenas contra os colonos ingleses. O objetivo dos povos indígenas era resistir à invasão dos colonos e preservar suas terras e formas de vida. As comunidades indígenas e as colônias foram gravemente atingidas pelas consequências violentas da guerra.
William Apess, um escritor nativo americano da tribo Pequot que viveu de 1798 an 1839, continuou an escrever, mas sua obra de 1829 "A Son of the Forest" oferece uma visão distinta da relação entre os nativos americanos e os colonos. Apess criticou políticas e ações que prejudicavam as comunidades indígenas. Ele discutiu questões como discriminação, desapropriação de terras e a importância de preservar a cultura indígena.
Podemos esperar uma abordagem crítica e uma ênfase nas injustiças sofridas pelos povos indígenas ao ver a Guerra do Rei Filipe através dos olhos de Apess. Ele poderia destacar os efeitos prejudiciais da colonização nas comunidades nativas, questionar a legitimidade da colonização e expressar a necessidade de reconhecimento e respeito pelos direitos e culturas das comunidades indígenas. Para entender o ponto de vista indígena sobre esse período importante da história colonial dos Estados Unidos, seria útil obter a visão dos Apess.