Monday 13 February 2012

Como aceder ao rascunho de Thomas Jefferson da Declaração dos Representantes

aqui: http://www.princeton.edu/~tjpapers/declaration/declaration.html

História Textual da Declaração dos Representantes

a consultar aqui: http://www.earlyamerica.com/earlyamerica/freedom/doi/writing-the-declaration.html

Thomas Jefferson (1743-1826)


Thomas Jefferson é uma personagem de grande importância da história, não só Estados Unidos da América, mas também a nível mundial. A vida de Jefferson, que mais tarde se tornou o terceiro presidente norte-americano, esteve repleta de feitos e contorvérsias.Nascido em 1743, numa quinta de família, era filho de Jane Randolph e Peter Jefferson, membro de uma das mais importantes e influentes famílias da Virginia. Mais tarde Thomas Jefferson estudou direito com George Wythe, um dos melhores professores da América colonial. Estudou Direito, imiscuindo-se nas políticas coloniais da Virgínia, e tornou-se bastante crítico relativamente às tentativas dos ingleses de obter autoridade nas colónias Americanas. Em 1776, redigiu a Declaração da Independência, um documento onde as treze colónias declararam serem independentes do império britanico e estabeleceram os princípios do seu novo governo. Recebeu aprovação no dia 4 de Julho de 1776, que passou a ser chamado de Dia da Independência. A sua Declaração, juntamente com a Constituição e a Carta dos Direitos, tornou-se uma documento muito importante dos Estados Unidos, não como lei, mas como a expressão dos ideais políticos e morais da América.Thomas Jefferson foi governador da Virgínia (originalmente uma das treze colónias) entre 1779 e 1781, embaixador na França entre 1784 e 1789, e secretário de estado dos Estados Unidos entre 1789 e 1793. Enquanto embaixador na França envolveu-se nos primeiros acontecimentos da Revolução Francesa.Jefferson, também um gastrónomo e apreciador de vinho, enviava os melhores vinhos para a Casa Branca. É conhecido pela sua afirmação: “Nós poderiamos, nos EUA, produzir variedades de vinho tão boas como aquelas feitas na Europa, não exactamente dos mesmos tipos, mas sem dúvida da mesma qualidade".A visão de Jefferson para os Estados Unidos era a de uma nação agrícola de pequenos proprietários lavradores. Jefferson era um grande crente na singularidade e no enorme potencial dos Estados Unidos da América, sendo frequentemente citado como um precursor do excepcionalismo americano. Como muitos donos de terra do seu tempo, Jefferson possuía escravos. Um tema de considerável controvérsia desde o próprio tempo de Jefferson é saber se Jefferson era o pai de alguma das crianças da sua escrava Sally Hemings. Uma perspectiva moderna sobre esta relação encontra-se no livro "As crianças de Jefferson" de Shannon Fair.Tornou-se presidente em 1801, após um empate com o seu rival Aaron Burr que foi resolvido a 17 de Fevereiro, e cumpriu dois mandatos até 1809.Em 1803 promoveu a compra do estado de Louisiana, uma área dos EUA comprada à França por 15 milhões de dólares, e que se estende desde o rio Mississipi às Montanhas Rochosas, e do Golfo do México ao Canadá, o que tornou os EUA duas vezes maiores do que eram anteriormente.

Acusações ao Domínio Britânico na Declaração da Independência (por Eurico Matias)


O domínio britânico sobre as colónias americanas é caracterizado (por Thomas Jefferson em particular) como uma tirania absolutista, injusta e sufocante – tirania personificada no rei George III ("He has..."), mas na verdade com o apoio de todo o povo Inglês que apoia as suas políticas e que deve deixar de ser considerado como povo irmão e passar a ser visto como inimigo.
Às colónias Americanas era-lhes agora negado o poder de legislarem por si póprias com autonomia e, em simultâneo, não recebiam qualquer atenção por parte do rei que não fosse a de cobrar impostos cada vez mais descabidos, ou de reprimir. As colónias não eram agora tratadas como província britânica mas como um país ocupado, só com obrigações e sem quaisquer direitos. De facto, as tropas britânicas (de ocupação) tinham agora poder de vida ou morte sobre os americanos, podendo assassiná-los à vontade, sem consequências que não julgamentos encenados. Com estas tropas actuavam mercenários estrangeiros e índios que praticavam massacres indiscriminados.
Mas ainda há mais: aos estados mais rebeldes não era permitido crescer em população ou manter câmaras de representantes próprias. Muito grave é considerado (por Thomas Jefferson) o facto de um rei cristão como o Inglês criar e promover o comércio de escravos africanos nas colónias, que são vistas, na verdade, como um mercado de escoamento para este "produto". Para terminar, é curioso que já na Declaração de Independência estejam presentes muitas das contradições (não tanto por culpa de Jefferson) que ainda hoje existem na nação americana: todos os homens são iguais, mas alguns são mais iguais que outros. Os índios são vistos apenas como selvagens sanguinários (isto apesar da guerra índia ser, de facto, como é descrita), e os escravos continuariam a sê-lo por muito tempo, pois o tráfico interessava tanto aos estados do Norte como aos do Sul.