Tuesday 15 November 2016

Edgar Allan Poe e representações de O Corvo (Joana D., Beatriz N., Mariana Nereu)


Na nossa apresentação iremos abordar essencialmente três temas: o primeiro será a forma como o corvo é visto em várias culturas e também a perspectiva religiosa em relação a este animal; o segundo é a forma como o corvo é representado no poema de Edgar Allan Poe “The Raven”, e o terceiro é a forma como o corvo é apresentado na cultura popular.
Começamos por fazer um breve resumo de como o corvo é mencionado na Bíblia, relatando um episódio da Arca de Noé, e referindo varias passagens da mesma que sejam pertinentes para este episódio. Seguidamente são mencionados alguns episódios da mitologia grega referindo Apolo e a infidelidade da sua amante, outra lenda sobre a desobediência dos corvos. Relativamente à mitologia nórdica, contamos a história do deus Ódin e do seu par de corvos “Hugin” e “Munin”. Iremos também mencionar as qualidades atribuídas ao corvo pelos celtas. Na cultura nativo-americana iremos abordar a sua simbologia e o facto de a ave ter uma conotação mais positiva, e a forma como esta é vista entre os Índios “Tlingit”, que a consideravam criadora do mundo. Já no continente asiático, particularmente na China, o corvo é visto como um símbolo de gratidão filial. Segundo uma das lendas, existiam 10 corvos vermelhos em que nove foram abatidos e sem este episódio o mundo teria ardido. À semelhança da China, o corvo, no Japão e na Coreia é representativo do Sol e é símbolo de orientação.
                  Quanto ao segundo tema, neste poema, o corvo parece simbolizar a premonição fatal. Também representa a saudade do sujeito poético em relação à sua amada, bem como a inevitabilidade da morte. Nesta obra literária podemos encontrar referências às lendas e mitos referidos anteriormente, como por exemplo, o busto de Pallas que é alusivo a mitologia grega, em que esta deusa representa o intelecto;. Quanto à escolha desta ave em particular, Poe originalmente queria um animal parecido com o papagaio, pois este ao longo do poema repete apenas uma palavra (“Nevermore”), mas gostaria de transmitir uma certa melancolia. Na “Filosofia da Composição”, o autor refere que a morte é um dos tópicos mais melancólicos. Como o corvo também pode simbolizar a morte no ocidente, consideramos que esta seria a escolha mais acertada.

                  Foram feitas algumas representações visuais do poema. Entre estas destacamos Tim Burton, que se inspirou neste autor para criar uma curta-metragem intitulada “Vincent”, e a famosa série norte-americana, “The Simpsons”, em que o poema foi recitado num dos seus episódios. Iremos mostrar uma parte de cada um dessas adaptações e que também podem ser encontradas na internet. Para além de representações em formato de vídeo iremos falar de Gustave Doré e Edouard Manet. Iremos mencionar igualmente Júlio Pomar, um artista português. Tal como os vídeos, iremos mostrar as obras.

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