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O pensamento analógico expresso por Emerson no ensaio "Nature" (1836) com o famoso poema "Correspondances" que o poeta francês Charles Baudelaire publicou em Fleurs du Mal (1857)
CORRESPONDANCES
Charles Baudelaire
La Nature est un temple où de vivants piliers
Laissent parfois sortir de confuses paroles;
L`homme y passe à travers des forêts de symboles
Qui l´observent avec des regards familiers.
Comme de longs échos qui de loin se confondent
Dans une ténébreuse et profonde unité,
Vaste comme la nuit e comme la clarté,
Les parfums, les coulers et les son se répondent.
Il est des parfums frais comme des chairs d´enfants,
Doux comme les hautbois, verts comme les prairies,
_ Et d´autres, corrompus, riches et triomphants,
ayant l´expansion des choses infinies,
comme l´ambre, le musc, le benjoin et l´encens,
qui chantent les transports de l´esprit et des sens.
CORRESPONDÊNCIAS
A Natureza é um templo onde vivos pilares
Deixam por sua vez ouvir uma língua confusa;
Nela, simbólicas florestas o homem cruza,
Atraindo, ao passar, amistosos olhares.
Como os ecos, ao longe, afinam seus rumores,
Em uma tenebrosa e profunda unidade,
Tão vasta quanto a noite e quanto a claridade,
Correspondem-se os sons, os perfumes, e as cores.
Alguns perfumes têm da criança o frescor,
A maciez do oboé, das matas o verdor,
_ E ricos outros são, triunfantes, corrompidos,
Possuindo a expansão dessas coisas sem fim,
Tal como o incenso, o nardo, o sândalo, o benjoim,
Que cantam o fervor da mente e dos sentidos.
(Tradução de Cláudio Veiga)
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