Do I contradict myself?
Very well then…I contradict myself;
I am large…I contain multitudes. (2808)
Tendo em conta "Song of Myself", especialmente as secções 1, 2, 6, 15, 22, 24, 32, 51, comente algumas das seguintes dualidades:
- humano / natureza (ou bestial, selvagem)
- corpo / alma
- poeta divinizado / ímpeto democrático
- compaixão / degradação
2 comments:
O poema de Whitman intitulado “Song of Myself” é visto, de forma geral, como um poema onde o mesmo apresenta as suas crenças, nomeadamente sobre tópicos como a natureza relacionando-a também o homem e com Deus. O poema é divido em várias secções sendo que cada uma aborda um tema diferente, ou pelo menos, de forma diferente da secção anterior.
Se focar-mos na secção 22 é possível observar uma tentativa de Whitman de ensinar ao leitor a natureza e “o mundo” que a compõe ao mesmo tempo que a relaciona com o ser-humano, o que por sua vez cria uma certa dualidade entre os dois. Um exemplo é a relação que é criada entre o mar e o homem. Ao escrever “sea of the brine of life and yet always ready graves”, Whitman refere-se à supremacia de Deus que é simbolizada através de todas as coisas “naturais” que nos rodeiam. Inicialmente também se verifica uma tentativa de compreensão, nomeadamente, quando o próprio tenta compreender qual o objetivo do mar, no entanto sem sucesso, o que provoca a sua submissão a esta figura de certa forma divina: “you sea! I resign myself to you also, I guess what you mean”. O sujeito poético relaciona-se com o mar ao perceber que este possui o desejo de interagir com ele.
O sujeito poético acredita que a natureza está em constante interação com o ser-humano, conforme tenta demonstrar através da relva (secção 18), que por sua vez é vista como uma extensão da presença de Deus. A certo ponto o sujeito poético parece mesmo ver-se como um intermediário entre a natureza e o homem.
É de se notar que outras formas da natureza são também apresentadas ao longo do poema como por exemplo as montanhas e a vida rural. Durante toda a sua apreciação à natureza, o mesmo demonstra também a sua gratidão ao indivíduo que a criou, deixando claro que não se pode apreciar uma coisa sem a outra: “shall I make my list of things in the house and skip the house that supports them”.
Bruno Moura
Em "Song of Myself" de Walt Whitman, o sujeito poético fala sobre a defesa da sua individualidade, porém com o desejo de manter uma relação com o resto do Universo, Deus e Natureza.
Na secção 2 do poema, podemos verificar a aproximação do mesmo à Natureza, tentando fugir da civilização, mesmo que por vezes seja difícil, para assim manter a sua própria identidade.
Na secção 6, quando uma criança pergunta ao poeta "What is the grass?", e este fica pensar em várias formas de como pode responder à pergunta e descrever a relva, podendo ser vista como um símbolo de divindade dentro da vida comum em que vivemos. Apesar de acreditar no divino, o poeta defende uma democracia praticada com igualdade e liberdade, que inclua todos sem exceção.
Na secção 32, o eu poético fala sobre a simplicidade dos os animais e de como estes são puros por serem capazes de unir a alma e o corpo.
O poeta apresenta todas estas dualidades, que parecem ser contraditórias, no entanto, este quer apenas fazer parte do todo, apreciando a Natureza e mantendo a sua identidade: "Do I contradict myself?/ Very well then I contradict myself,/ (I am large, I contain multitudes.)" (secção 51).
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