Friday 18 November 2022

Homework for November 22 (Melville, Bartleby the Scrivener)

 


Choose one of the following questions and comment on it in the box below:

1. What symbolic undertones can be ascribed to the wall and how do these relate to the different types of walls we find in the text?

2. Characterize the narrator as character, from what he tells and shows about himself.

3. How do you interpret the last sentence of the text?

6 comments:

Cristiana Costa said...

How do you interpret the last sentence of the text?

“Ah, Bartleby! Ah, humanity!” Eis a tão famosa frase que encerra o conto Bartleby, The Scrivener. É nos apresentada pela voz do narrador, o velho advogado, que ouve rumores sobre Bartleby ter trabalhado no departamento de cartas mortas de uma estação de correios, sendo este departamento o terminal das cartas devolvidas, nunca entregues. O velho advogado acredita que a interminável acumulação de cartas mortas, muitas destinadas a pessoas que, por sua vez, também já estão mortas, podem ter causado a Bartleby uma lenta retirada da sociedade humana, levando-o à loucura. No fundo, a última linha desta história leva-nos a lamentar a devastação da vida moderna e do capitalismo sobre o indivíduo, mostrando respeito pela humanidade de cada indivíduo e protegendo o futuro de toda a humanidade ao dar prioridade a práticas empresariais sustentáveis. Bartleby adota uma postura considerada pouco normal para um empregado, uma vez que começa a recusar fazer o trabalho para o qual foi contratado. Isto é o pior pesadelo de qualquer patrão. No entanto, o velho advogado é tão compreensivo que tenta sempre ajudá-lo, reconhecendo a dignidade de Bartleby como humano, acabando por aceitar os seus termos e os seus caprichos, nunca tendo uma resposta ao porquê da negação apresentada por Bartleby aquando lhe é pedido para fazer o trabalho para o qual foi contratado. Esta última citação remete-nos à humanidade de todos os empregados. De como são indivíduos, corpos, famílias e tantas outras coisas.
- Cristiana Costa

Diogo Peixoto said...

Characterize the narrator as character, from what he tells and shows about himself.

I believe the character of the narrator is a very interesting topic of discussion, primarily because there are different interpretations possible, considering there is not much to know about him at first glance. We know that at the time of his life, Melville’s works, such as Moby Dick, had not been very successful. We also know that Bartleby is said to have worked at the Dead Letter office. We could argue over the immorality of such job, burning letters to people who are deceased or simply vanished. Perhaps this is linked to the last sentence of the text, the famous “Ah Bartleby! Ah humanity!” who may well be a disappointed remark to Bartleby, as well as the whole humankind. Personally, I believe that Bartleby’s job at the Dead Letter office may have caused his dive into insanity.

Bruno Moura said...

2.

Ao longo da história vemos que o narrador não passa de um simples advogado que tenta seguir a sua vida ordeiramente até que o mesmo se depara com um indivíduo peculiar, Bartleby. No entanto, não deixa de ser interessante que desde o início até ao final desta história o nome deste narrador permanece um mistério.
Sabemos que esta narrativa vai ser inserida dentro do contexto capitalista da sociedade americana, desde logo devido ao seu subtítulo “A Story of Wall Street”. Com isto em mente podemos observar que o narrador faz parte deste sistema capitalista e que coopera com o mesmo. O advogado, por sua vez, é também controlado por esse sistema conforme podemos observar após se ver obrigado a tomar medidas drásticas contra Bartleby quando pessoas do seu círculo social descobrem a existência deste indivíduo que habita o local de trabalho do narrador. Desta forma a sua reputação e, consequentemente, o seu trabalho são colocados em risco.
Sobre a vida pessoal do narrador pouco ou nada sabemos, no entanto é através das suas ações ao longo do texto que permitem-nos perceber melhor o personagem em si. O fascínio apresentado por parte do narrador quando se depara com Bartleby é algo que demonstra um certo interesse da sua parte com esta recusa de pertencer ao “sistema”. Talvez ele partilhe dessa mesma vontade de contrariar o sistema, contudo falta a coragem para tal. A sua simpatia, bem como empatia, para com Bartleby não pode passar despercebida e confirma até certo ponto esta partilha da mesma vontade de desobediência ou pelo menos um apoio à mesma.
Seja qual for a perspetiva a partir da qual é feita a análise deste personagem a verdade é que o leitor acaba por se identificar com a mesma, seja pelas suas reações ou pelas inúmeras tentativas de compreender a mente de Bartleby.

Mariana Lopes said...

1.What symbolic undertones can be ascribed to the wall and how do these relate to the different types of walls we find in the text?

Bartelby não é só a história de um homem que se aprisionou no seu escritório, também conta como era a sociedade americana de 1850.
A parede pode ter dois significados, um mais indireto e outro mais direto. Indiretamente podemos ver Wall street como um símbolo de aprisionamento devido a ser o centro comercial e financeiro dos EUA, por isso os efeitos do capitalismo podiam ser vistos na sua população que procurava isolar-se física e mentalmente.
Diretamente, as paredes do escritório de Bartelby isolavam-no e, de certa forma, aprisionavam-no dos outros em seu redor.
Concluindo, esta história não se trata de uma só pessoa que se isolou a si mesma, mas sim de uma sociedade em que todos se isolavam dentro de um escritório. O escritório de Bartelby é um símbolo de aprisionamento e a Wall street é um símbolo do capitalismo.

Mariana Lopes

Milena said...

Characterize the narrator as character, from what he tells and shows about himself.

'Bartleby, the Scrivener' is a classic example of a work of fiction in which the narrator reveals more about himself than about his titular subject. The elderly narrator's passivity in the face of Bartleby's staid non-compliance gives way to pity and compassion towards another human being by the end of the narrative. The story's setting on Wall Street, the financial centre of the United States, is no accident: the world of finance, law, and business, Melville appears to be suggesting, stifles and restricts the individual. The capitalist machine wants him to produce formulaic works which would sell copies and make his publishers lots of money. Bartleby stands out because he pushes back against this urge to conform and comply. It can be analysed as a forerunner to the works of twentieth-century writers like Franz Kafka and Jorge Luis Borges.

Joao Cunha Alves said...

2.

The lawyer is the narrator, although the story’s title displays Bartleby’s name. The lawyer demonstrates to be a key element in this story, as the reader experiences it solely through his point of view. His point of view allows one to get to know Bartleby in a closer way, and lets the reader genuinely perplexed by this fascinating character. The fact is that the lawyer’s sentiments are attached to the work, for instance, when partly refuses to work, and thus the lawyer sees the scrivener inactive, the narrator’s mixed feelings start to show. It creates the illusion that the reader is attempting to deal with Bartleby, as does the lawyer in first person. The result of this is that it captivates the reader and it keeps the reader entirely involved with the short story as it nears its terrible conclusion.